Há mais de um mês os caras da banda Colt Cobra estão organizando um evento de qualidade indiscutível. É o Sábado Selvagem, três bandas autorais de peso e muita vontade de agitar essa cidade.
Troquei uma ideia com o Rafael de Almeida e o Alexandre Bruno, ambos da Colt Cobra, e trouxe umas informações pra vocês. 🙂
COMO SURGIU A IDEIA DE PRODUZIR O SÁBADO SELVAGEM?
Estávamos voltando de uma viagem para Ipatinga – MG, onde tocamos com o Colt Cobra e, durante o trajeto do trem, conversávamos sobre como em Ipatinga tinha um lugar para bandas autorais se apresentarem e na Grande Vitória não tinha, então pensamos em criar um evento para abrir espaço para a galera daqui e também para trazer umas bandas que a gente só vê quando sai daqui ou toca em algum evento/festival fora. (Rafael de Almeida)
QUAL A IMPRESSÃO DA CENA ROCK NO ES?
O Espírito Santo, mais precisamente Vila Velha, é um lugar famoso no Brasil e no mundo pelo teor das bandas que surgem por aqui, não sei exatamente o que gera esse efeito, acredito que seja a sujeira que consumimos no nosso cotidiano, somada à raiva que temos por morar num lugar tão castigado, à praia, e como música é uma coisa completamente relacionada com as nossas vivências, posso afirmar que a cena daqui se resume a bandas viscerais fazendo som sem medo de serem aceitas ou não. O nosso compromisso é com a música, a cena na verdade é isso, ela não existe, o que existe são as pessoas produzindo música e se divertindo. (Alexandre Brunoro)
O SÁBADO SELVAGEM É UMA PRODUÇÃO INDEPENDENTE. ISSO SE DEVE AO FATO DAS BANDAS AUTORAIS AINDA NÃO TEREM RECONHECIMENTO? COMO ESTÁ SENDO O PROCESSO DA PRODUÇÃO?
Sim, aqui no ES é muito difícil negociar com as casas de show, pubs, bares… existe uma cultura de não pagar as bandas autorais e ao invés disso oferecer cortesia, consumação e essas coisas que fazem a maioria dos músicos saírem de casa para tocar, carregar equipamento e ainda pagar a conta.
Quanto a produção, passamos um mês planejando como seria o evento e a partir daí, começamos a correr atrás das coisas. Tivemos problemas com o lugar (demoramos um mês para achar um lugar que tivesse alvará de funcionamento), confirmamos as bandas, compramos passagens, iniciamos a divulgação e para a parte operacional do evento estamos fazendo uma parceria com a Sagui Produções, porque sentimos que no dia ia ser complicado ficar sóbrio – risos. (Rafael de Almeida)
ME FALE UM POUCO MAIS SOBRE A BANDA PAULISTA CONVIDADA, A THEE DIRTY RATS. O POR QUÊ DA ESCOLHA.
O Thee Dirty Rats é um duo de garage punk com influências de new wave, que tem um som sujo, minimalista feito com uma guitarra quadrada de três cordas (construída pelos caras) e uma bateria cheia de efeitos, o que dá a eles uma sonoridade única.
Eu já conhecia outros trabalhos dessa galera e sempre gostei muito e aí quando estávamos na fase da curadoria e ouvimos o som do Thee Dirty Rats nos decidimos na hora, primeiro porque queríamos ver os caras ao vivo e também porque é um som garage, muito bom e totalmente diferente do que a galera já viu por aqui. (Rafael de Almeida)
O QUE O PESSOAL PODE ESPERAR PRA ESSA NOITE? (Pergunta clichê, mas aqui vocês tem uma resumo da dimensão da coisa)
Pode esperar festa até as 4 da manhã, rock selvagem, agito, três shows fodas, djs Mancha e Léo Aranha com discotecagem em vinil e como mestre de cerimônias, vindo diretamente de Belo Horizonte – MG, o aiatolá do garage punk: Marcelo Crasso, enfim, só alegria. (Rafael de Almeida)
Ouça o álbum do Colt Cobra na íntegra.
https://www.youtube.com/watch?v=gEZ4Ah0UJdo
Sobre a banda Tree Dirty Rats (SP) e o som de um de seus instrumentos feito por eles. Sim, os caras construíram o chamado cigar box. Aqui você pode ler a respeito.
The Muddy Brothers.
Banda capixaba autoral de blues rock reconhecida nacionalmente que participou do Festival Planeta Terra 2013 e do Festival do Sol 2015.
Quando?
Sábado, 21 de novembro. No Clube 106 às 22h. Ingresso R$20.
https://www.facebook.com/events/1009395805770907/
Ingressos antecipados: http://ticketdigital.com.br/detalhes_evento.php?eve_cod=177
Nos vemos lá! 🙂