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Ontem à noite (21) fui informada de uma exposição que começa na próxima quarta-feira (23) em uma casa em Jardim Camburi.
O Fotomental é um projeto que foi desenvolvido com o objetivo de mostrar como a limitação do ser humano influência no processo criativo da fotografia. A fotógrafa idealizadora, Tatiana Pezzin tem fotofobia, e convidou outros dois fotógrafos com deficiência para participar do projeto. Patrícia Patrocínio, deficiente visual, e Carlos Kiill, paraplégico, surfista adaptado.
Com uma câmera na mão eles nos mostram suas percepções, pontos de vista e experiências. Tatiana contou que a iniciativa de criar o projeto foi a partir da dificuldade que ela tem em fotografar na luz da manhã devido a sua sensibilidade visual.
“Na verdade o ponto de partida foi quando comecei a fotografar e vi que a minha sensibilidade a luz influenciava muito meu processo fotográfico. Daí percebi que no início eu fotografava somente fotos escuras, silhuetas, com pouca luz, da forma que me era confortável enxergar, e depois de um tempo comecei a fotografar fotos mais estouradas, mais claras, forma que eu realmente enxergava. Com um tempo fui entendendo meu processo e me adaptando, aprendendo a utilizar o equipamento da forma que pudesse ser mais fácil para mim. Assim montei minha pesquisa, que é o Fotomental. Quis entender como era a percepção e o olhar das pessoas que tinham limitações maiores que a minha”.
O nome do projeto foi inspirado pela frase de um fotógrafo cego que ela admira.
“Se as minhas imagens existem para mim através da descrição dos outros, isto não me impede em nada a possibilidade de vivê-las pela atividade mental. Elas existem mais para mim quanto mais elas possam se comunicar também com os outros (EVGEN BAVCAR)”.
Foto mental.
Carlos Kiill
Um dos fotógrafos do Fotomental.
Surfista adaptado. Acredita em sonhos, não em limites.
“Em um momento determinado da vida desses três jovens algo foi alterado, conexões foram refeitas, estabelecidas distintas cargas elétricas, sinapses. A partir da construção de memória, novas realidades são estimuladas de maneira exclusiva. Neste projeto único temos a chance de ver o que não vemos, de senti-los, colocarmo-nos no lugar, aumentar nosso repertório de experiências visuais, de nos rever e, quiçá, nos mutar” (Leandro Queiroz, Fotógrafo).
A exposição será na casa de uma amigo da Tatiana onde funciona uma empresa.
De 23 a 27 de setembro. Entrada Franca. Para maiores informações: https://www.facebook.com/events/2101949389945768/
Onde? Avenida Natanael do Amaral Carneiro, Casa 80 A, Jardim Camburi, Vitória – ES (Próximo ao Colégio Salesiano).